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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

7ª postagem

7ª postagem

A Educação de Jovens e Adultos passou por uma grande metamorfose no Brasil, houve insucessos, assim como houve grandes avanços.

Estudantes da EJA são estudantes que trabalham o dia todo e, se levarmos em consideração esta principal característica, veremos que quase não sobra tempo para o estudo, uma vez que, em sua maioria, seu turno de trabalho é de oito horas/dia.

Se levarmos em conta que, se não toda a maioria tem família, esse tempo se restringe mais ainda. Ao pensarmos no quesito “tempo” dos estudantes da EJA, devemos pensar também nas metodologias usadas para atrair essa parte da população desprivilegiada pelas camadas dominantes da sociedade.

A educação de jovens e adultos deve ser multicultural, uma educação que não exclua por motivos de etnia, gênero, idade ou por outras formas discriminatórias.

Esses jovens e adultos lutam constantemente para a superação de suas condições de vida, seja moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc, o que é dificultado pelo fato de serem pessoas iletradas, excluídas pela sociedade.

A escola tem um papel fundamental na busca por estes jovens e adultos que estão, por algum motivo, longe da escola. Escola que deve fazer com que as pessoas se conscientizem de seus direitos e participem coletivamente das decisões para enfrentar seus problemas. Como educadores devemos ouvir o que estes estudantes têm a dizer e traçar um diálogo onde as idéias possam ser confrontadas e debatidas.

Para haver a inclusão na EJA, a escola deve compreender a dinâmica em que vivem estes estudantes, trazer para dentro da escola o que permeia seu dia-a-dia, sejam elas as questões econômicas, sociais, culturais, religiosas, políticas e afetivas, ou seja, manter um diálogo com o estudante.

6ª postagem

6ª postagem

Ao ter disciplinas como Filosofia da Educação e Educação de pessoas com necessidades especiais, se alguém olhava com maus olhos a inclusão de crianças com algum tipo de necessidade especial, não pode mais ter.

Não sou a favor de incluírem essas crianças em qualquer sala com pessoas despreparadas, sou a favor do preparo aos profissionais para receber estas crianças, para que elas recebam o tratamento de que merecem.

Não estamos num regime nazista, onde somente os fortes sobreviviam, todos temos direitos iguais e isso se deu ao fato de termos evoluído na conquista de nossos direitos, é indiscutível termos que evoluir mais politicamente falando, a parte da evolução que nos falta está na hora de irmos às urnas elegermos pessoas que vão nos representar. Acredito estarmos no caminho certo, tendo crianças com necessidades especiais terem os mesmos direitos que outras crianças também tem.

Como professora acredito na inclusão, só preciso ter condições para me preparar melhor para atende-las.

5ª postagem

5ª postagem

Nesta quinta postagem, quero destacar a importância das interdisciplinas Organização do Ensino Fundamental, Gestão da Educação e Psicologia da vida adulta, neste caso a mudança foi, mais exatamente em meu comportamento diante da escola e dos processos que regem este estabelecimento de ensino.

Só entendemos a dinâmica da educação quando entendemos as esferas que regem o ensino público a partir daí passamos a entender a inclusão política, social e educacional.

Sendo assim, percebemos o quanto evoluiu o ensino público brasileiro, claro que tem muito mais a evoluir.

Também não podemos deixar de citar, depois de várias leituras sobre estes assuntos a questão democrática dentro de uma escola, pois esta só se tornará democrática se sua equipe diretiva saber o que é uma democracia dentro da escola, onde seu gestor colocará em prática a democracia escola convidando para discutir sobre os processos educacionais os pais dos estudantes, junto com sua comunidade escolar, os estudantes, funcionários da escola e os professores da mesma, aí se configura um ensino democrático por direito, caso contrário a democracia ficará no papel.

4ª postagem

4ª postagem

Nesta reflexão quero enfatizar as interdisciplinas de ciências e matemática, que, tanto em uma como na outra fizeram-nos pesar no simples, no olhar nas figuras, no observar.

Ciências e matemática poderiam trabalhar juntas se houvesse maior colaboração entre colegas de escola, em todos os trabalhos feitos neste curso em matemática citei atividades trabalhadas em ciências, seja relacionadas ao meio ambiente ou corpo humano.

Estou citando aqui as disciplinas de ciências e matemática, mais se os planejamentos fossem feitos em conjunto, poderíamos trabalhar com todas as disciplinas.

Desde as atividades desenvolvidas tanto em ciências quanto em matemática, valorizo mais cada trabalho, cada desenvolvimento, consigo enriquecer mais cada atividade, mostrando aos estudantes, das diversas séries/anos os detalhes de cada um, por exemplo, um trabalho de ciências em que envolve desenho, chamo a atenção deles para os detalhes, pois se aqueles detalhes estão ali é por que tem uma finalidade.

sábado, 9 de outubro de 2010

3ª postagem

3ª postagem

Nesta terceira postagem quero destacar a importância das interdisciplinas Ludicidade, Artes e Música.

Foram atividades que me fizeram refletir sobre a importância destas três formas de se avaliar e, acima de tudo, levar em consideração formas de aprendizado que despertam em nossos estudantes a vontade do aprender.

A responsabilidade de se avaliar um estudante é muito grande, para tanto devemos levar em consideração vários aspectos, aspectos esses que oportunizam ao estudante aprender de forma agradável.

Em uma sala de aula, como a maioria das salas, os estudantes tem faixas etárias distintas, além de terem vivencias diferentes.

Pensando neste aspecto, existem estudantes que gostam de escrever, outros de falar, outros ainda de desenhar, existem estudantes que gostam de cantar, tocar algum instrumento, enfim, e é atrás disso que devemos ir despertar o interesse das aulas usando o que eles mais gostam de fazer.

Meu questionamento é referente aos profissionais da educação que abandonaram os bancos acadêmicos há muito tempo, além de não se atualizarem avaliam os estudantes das formas mais tradicionais que existem.

Sou a favor da reformulação do magistério, da secretaria de educação promover uma reciclagem em seus profissionais e, dentre os cursos promovidos relatarem a importância do trabalho com música, o trabalho lúdico mesmo com adolescentes e adultos e também o trabalho com artes visuais e não deixar esta última disciplina somente para os professores de artes.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

2ª postagem

2ª postagem – setembro

Em psicologia podemos observar características bem nítidas descritas por Freud em nossos alunos.

As leituras que fizemos sobre o inconsciente, repressão, complexo de Édipo, transferência, sintoma, entre outros conseguimos entender porque de algumas atitudes tomadas por nossos estudantes.

Temos, em uma sala de aula, desde estudantes que tem seu ego totalmente desenvolvido até estudantes que agem através do id e outros ainda que trabalhem o superego.

Acredito que o id apareça na maioria das crianças, crianças essas que agem impulsionadas pela vontade de realizar ou falar o que lhes vem ao inconsciente, simplesmente pelo prazer de falar ou fazer o que quer.

Já o ego, além de serem observados na maioria dos adultos, também os adolescentes já começam a mostrar com veemência este conceito, começam a perceber sentimentos, que até então estavam guardados ou adormecidos, começam a pensar mais antes de agir ou falar, já começam a ter consciência de seus atos.

No superego, de igual modo, começa a se formar na maioria dos adolescentes, começando a se mostrar valores familiares e sociais e isso o acompanhará por toda a vida.

A partir destes conceitos conseguimos conviver melhor e entender melhor cada adolescente ou criança, pois se trata de um conhecimento, pois adquirimos em estudos, observações e escutas.

As teorias da psicanálise ajudam também a entender como ocorre aprendizado, quando um professor consegue orientar bem uma criança o aprendizado passa a ser uma conseqüência.

Um professor tem que ter em mente que a criança não chega à escola “vazia”, ela passou por experiências, por observações, por escutas, para tanto, ela já sabe algo.

1ª postagem

1ª postagem – setembro

No primeiro semestre, na interdisciplina Escola, Cultura e sociedade, lemos sobre os tipos de dominação que são a dominação legal, tradicional e carismática.

Em nosso dia-a-dia estamos em constante dominação seja ela imposta pelas regras da sociedade, pelo modelo tradicional, obedecendo a pessoas que estão hierarquicamente superiores a nos e aquela dominação que nos propomos a obedecer que é a afetiva, carismática.

Nós, enquanto educadores devemos ganhar o respeito de nossos educandos através do respeito e respeito mútuo, caso contrário não estaremos impondo respeito pelo respeito e sim pela dominação tradicional, pela autoridade.

A família tem um papel importante no processo educacional, devendo mostrar para a criança uma educação independente da classe social em que vive.

Ao estudarmos Escola, Projeto Pedagógico e Currículo observamos que o professor, enquanto professor deve tender a mudar alguns pontos de vista em relação a ele e ao mundo e isso nenhuma faculdade nos traz.

Se, ao entrarmos numa escola com perspectivas docentes tiradas em livros, a prática nos mostra a realidade de cada criança.

Para tanto, o processo de dominação muda, assim como muda nossas perspectivas.

O docente deve ser dinâmico, respeitando sempre a individualidade de cada estudante, mesmo sem condições humanas e materiais de trabalho, além de existir o fator desmotivador de alguns estudantes, devido a precariedade de vida que levam.

Algo que me despertou ao longo dos semestres é o trabalho com a realidade de cada estudante, trazer assunto que circundam o dia-a-dia dos estudantes, isso faz com que eles participem e interajam na aula, pois é assunto conhecido deles.

Por exemplo, o uso de mídias nas aulas, fazer trabalhos usando a internet, pois os adolescentes estão trocando qualquer outra atividade pelo uso do computador, o uso do celular, mp4, 5, 6, etc.

É papel da educação escolar capacitar os estudantes para a vida de forma dinâmica para que este seja capaz de interagir com o meio e com seu semelhante. Para isso a informática é uma nova e poderosa ferramenta para deixarmos de lado a forma de dominação tradicional e nos tornarmos dinâmicos usando artifícios que estimulem nossos estudantes a ler, debater, dar opiniões e dividir com o próximo seus aprendizados.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

9ª postagem

9ª postagem

Quero destacar nesta postagem, mais uma vez as aulas de artes, na semana em que trabalhei com os alimentos, eles produziram uma cesta de frutas, para tanto, cada aluno levou uma fruta distinta que tiveram que observar os detalhes desta fruta, o cheiro, a textura, a cor, o tamanho, a fim de que estas características os inspirassem a desenvolver um desenho o mais parecido possível com o natural.

Na aula seguinte, como continuação do trabalho com frutas e verduras, foi mostrado obras e explicado sobre o artista Giuseppe Arcimboldo (1527–1593), que, utilizava como inspiração para desenhar rostos humanos, frutas, verduras, bichos e diversos objetos.

Após a explicação sobre o artista, a tarefa dos estudantes era, exatamente, pegar recortes de frutas e verduras e colar sobre a sobra de um rosto, os trabalhos saíram muito bons, com este resultado e da cesta de frutas, percebe-se que a falta de coordenação motora dos estudantes é mínima, além do bom gosto e capricho ao desenvolver atividades artísticas.

É importante, segundo Barbosa, o desenvolvimento da percepção e imaginação dos alunos:

[...] Não é possível o desenvolvimento de uma cultura sem o desenvolvimento das suas formas artísticas. Não é possível uma educação intelectual, formal ou informal, de elite ou popular, sem arte, porque é impossível o desenvolvimento integral da inteligência sem o desenvolvimento do pensamente divergente, do pensamento visual e do conhecimento presentacional que caracterizam a arte. Se pretendemos uma educação não apenas intelectual, mas principalmente humanizadora, a necessidade da arte é ainda mais crucial para desenvolver a percepção e a imaginação, para captar a realidade circundante e desenvolver a capacidade criadora necessária à modificação desta realidade (Trechos extraídos de entrevista pessoal com Ana Mae Barbosa e entrevistas concedidas a Agência Repórter Social, jornalista Flávio Amaral, e Museu de Arte Contemporânea da USP).

domingo, 13 de junho de 2010

8ª postagem

8ª postagem

As aulas na sala de informática são as aulas mais aguardadas pelos estudantes, provavelmente por não possuírem um computador em casa e nunca terem tido contato com a máquina, portanto, sendo esta oportunidade única para estas pessoas.

Para as aulas no laboratório de informática, são usados sites de jogos referentes aos assuntos tratados em aula, como meio ambiente, corpo humano, alimentos e matemática.

A finalidade dos jogos é dar ênfase aos exercícios feitos em aula, além de servirem como fixação aos assuntos, conforme relata Santos (2003), “o alfabetizando adulto demonstra muito interesse em jogos e brincadeiras relacionados à sua vida, portanto, isso deve fazer parte do processo de alfabetização, uma vez que favorece sua aprendizagem”.

São jogos de memória, de formar frases, caça palavras, soma e subtração. Alguns estudantes, além de gostarem de estar ali, não gostam de determinados jogos, provavelmente pela dificuldade ou de sincronia com mouse, ou pela própria dificuldade na leitura, como a idéia não é tornar este recurso exaustivo para eles, as atividades são dadas conforme a dificuldade de cada estudante. Nesse sentido, Freire (1983, p.47) diz que: “Fazer a História é estar presente nela e não simplesmente nela estar representado [...] Quanto mais conscientemente faça a sua História, tanto mais o povo perceberá, com

lucidez, as dificuldades que têm a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, no processo permanente da sua libertação.”

Além dos jogos, também tivemos um momento para que cada estudante digitasse sua receita para a montagem de um livro de receitas da turma, pois, como afirma Almeida (2003, pp. 7,8):

“O mundo mudou. O conceito de alfabetização mudou. A leitura deste mundo não pode ser feita com os mesmos instrumentos e códigos com que se faziam as leituras dos mundos passados. [...] Paulo Freire dizia que ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só ler permite a interpretação. É necessário também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo: escrevê-lo. Ler e escrever, dentro desta perspectiva, é também libertar-se. Leitura e escrita como prática de liberdade.”

7ª postagem

7ª postagem

Nas aulas de educação física, cada estudante, dentro das suas possibilidades, participam, tentando realizar todas as ações estipuladas pela professora que está coordenando as aulas.

Os estudantes entendem que, além de um momento de descontração, as aulas têm finalidades construtivas e, na maioria das aulas a solicitação é a mesma, que tenhamos mais momentos de atividades físicas.

As atividades são as mais distintas, desde jogos com bola, atividades individuais e em grupo, jogos de concentração, de percepção e memória, afim de que cada um tenha noções do respeito às regras, respeito ao próximo e estimulação motora. Segundo Martins (2001, p. 01):

“... em nosso cotidiano utilizamos várias formas de jogo: o dos sentidos, em que a curiosidade nos leva ao conhecimento; os jogos corporais expressos na dança, nas cerimônias e rituais de certos povos; o jogo das cores e dos sons, presente na arte dos imortais; o jogo do olhar. Enfim, ele está aí, fazendo arte de nossas vidas. A intensidade do poder do jogo é tão grande que nenhuma ciência conseguiu explicar a fascinação que ele exerce sobre as pessoas.”

Para este grupo acompanhado por mim, percebe-se uma dedicação muito grande a fim de realizarem as atividades de forma satisfatória, mesmo que o resultado final não seja positivo, além da ajuda mútua existente entre os participantes, o espírito esportivo e solidário para que outro participante que não seja tão empenhado ou com habilidade para tal atividade, possa chegar ao fim da tarefa proposta.

6ª postagem

6ª postagem

Na disciplina de artes estamos produzindo fuxicos, cuja intenção é aprimorarmos a concentração e as habilidades motoras, uma vez que a maioria dos estudantes não teve oportunidades de desenvolver estas habilidades.

Durante a realização dos fuxicos, foi contada a história, ou seja, uma das versões da origem do fuxico, que é o aproveitamento de tecidos, sendo que aqui no Brasil colônia, as mulheres (senhoras) e escravas, durante a realização dos fuxicos, aproveitavam para conversar e falar sobre vários assuntos.

Também aproveitamos o momento para, durante a realização dos fuxicos, fazer rodadas de chimarrão e conversarmos sobre diversos assuntos.

Os estudantes dessa turma não costumam faltar, principalmente nessas aulas, eles nos confessam que a escola é o melhor lugar para que eles façam algo por si próprio, sem que marido, mulher, filhos os chamassem ou interrompessem em seus afazeres, e ainda que o horário de aula é a melhor parte do dia deles.

Para confirmar o sucesso de um momento distinto destes na escola, Massagão (1997, p. 34) nos relata que:

Os produtos passiveis da educação escolar não se reduzem ao aprendizado da leitura, escrita e matemática”, mas também e principalmente a autonomia e auto-estima positiva, advinda dessa nova concepção que o aluno passa a ter dele mesmo, justamente contraria à visão que ele tinha de si mesmo : “experiências passadas de fracasso e exclusão normalmente produzem nos jovens e adultos uma auto-imagem negativa.”

5ª postagem

5ª postagem

Nesta semana o trabalho foi voltado às vitaminas, suas funções e fontes, escrevendo cada palavra e refletindo sobre a forma de como se escreve cada nome de fruta ou verdura.

A curiosidade nessas aulas ficou por conta da falta de participação, os estudantes ouviram quietos e atentos, a impressão é que as informações eram novas, apesar de conhecerem as imagens de frutas e verduras que apareciam no data show não sabiam suas funções, os comentários eram referentes ao paladar que cada alimento.

Após as orientações, a tarefa solicitada era exatamente para que os estudantes montassem uma tabela, em que cada coluna referia-se a um tipo de vitamina e que os alunos recortassem de jornais, encartes e revistas as frutas e verduras para colar em sua respectiva coluna.

A tarefa foi realizada com alguma dificuldade, pois, além de não saberem qual a vitamina existente em cada alimento e por conta disso tinha que consultar o caderno, a outra dificuldade era de procurar as informações contidas no caderno, chegando eu a conclusão de que os alunos não tinham o hábito de fazer pesquisa, além, é claro, da dificuldade, isso de alguns alunos, de ler, haja vista que todos os alunos conhecem as letras, alguns conseguem ler e outros ainda não conseguem formar palavras.

Ma a idéia principal nesta atividade era exatamente propor uma atividade nova, diferente das que os estudantes vinham sendo submetidos:

Que a educação seja um processo através do qual o indivíduo toma a história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma. Como? Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as conseqüências de sua escolha. Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizandos com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por outros para copia-rem, com caminhos pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que não levam em conta a lógica de quem aprende. (FUCK, 1994, p. 14 e 15)

Ao final da tarefa, os estudantes olhavam com admiração o cartaz produzido por eles.

domingo, 9 de maio de 2010

4ª postagem

Nesta semana do dia 26 de abril e 3 de maio, nosso trabalho foi voltado aos tipos de alimentação, as vitaminas e suas fontes, com direito a palestra com nutricionista do município.

O trabalho foi gratificante e bem participativo, afinal, como diz Paulo Freire “Cada homem esta situado no espaço e no tempo, no sentido em que vive numa época precisa, num lugar preciso, num contexto social e cultural preciso...” e no momento atual, o problema que aflige a sociedade é a escassez de nutrientes nos pratos dos brasileiros, na maioria das situações por falta de orientação.

Durante a realização deste trabalho, citando as letras das vitaminas, as fotos dos alimentos que continham as vitaminas e conseqüentemente, os nomes das frutas, verduras, carnes e bebidas, fizemos tabelas contendo colunas e cada coluna representava um tipo de vitamina e os próprios alunos colavam seus respectivos alimentos tirados de encartes de supermercados e jornais.

Aproveitando os encartes com as fotos dos alimentos, pedimos aos alunos recortes de alimentos específicos com seus valores, aproveitando para fazermos contas, pois “todas as práticas de letramento são aspectos não apenas da cultura, mas também das estruturas de poder numa sociedade.” (Kleiman 2001, p. 38), sendo assim, vinculamos linguagem a realidade (Freire, 1983).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

3ª postagem

Nesta semana fui criticada ao falar que os alunos trabalharam os símbolos da páscoa com a professora titular, isso aconteceu uma semana antes que eu iniciasse o estágio: “Símbolo de Páscoa para pessoas adultas???????????????”. Percebi a preocupação da crítica e tenho tomado cuidado para não infantilizar as aulas. No entanto, na semana seguinte, quando comecei a freqüentar as aulas um aluno, que não sabia a diferença das letras, me disse que já conhecia três letras, o “O” de ovo, o “P” de páscoa e o “C” de coelho. Ao ouvir o relato fiquei comovida, pois, até então, ele não conhecia nenhuma letra.

Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido relata que devemos usar uma metodologia pautada no universo do educando “o pensar dos homens referido à realidade, seu atuar, sua práxis”, ou seja, naquele momento a mídia, seus filhos, todos comentando sobre o evento “Páscoa”, falando sobre o significado, foi então que a professora começou a mostrar-lhes cada palavra referente ao símbolo, já que era o assunto do momento.

Ainda citando Paulo Freire “A educação como prática de liberdade, ao contrário daquela que é prática de dominação, implica na negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado no mundo, assim também na negação do mundo como uma realidade ausente nos homens.” (Paulo Freire, Educação como prática da liberdade). Se for para trabalhar com palavras referentes ao seu dia-a-dia, porque não a Páscoa? Claro que devemos colocar o problema do consumismo que ocorre nestas datas comemorativas, claro que foi falado e dialogado, cada um colocou seu ponto de vista sobre o que é consumismo, mais como futura pedagoga não vejo mal algum em orienta-los a escrever qualquer palavra que seja que esteja inserido em seu contexto social e a Páscoa faz parte neste contexto, assim como a semana do Kerb que estamos comemorando neste exato momento e nesta semana trabalhamos sobre a sua origem, os alimentos típicos da colonização alemã, as festas, enfim, são itens que fazem parte da vida destes alunos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

2ª postagem

Trabalhar alfabetizando adultos não é tarefa fácil, não posso comparar com alfabetização de crianças, mais ao mesmo tempo em que não é fácil também é gratificante.

Difícil, pois eles vêm já com uma bagagem grande de rejeições de uma vida, do preconceito vivido, das negações que a sociedade lhes impuseram por não saber ler e escrever e tudo isso gera uma ansiedade por aprender o mais breve possível, a dominar a arte de ler e escrever e mais do que isso, passar a ver o mundo com outros olhos, Fernando Pessoa diz que “não basta não ser cego pra ver as árvores e as cores, há pessoas que têm vistas excelentes e não percebem nada. É preciso ensinar os nossos alunos a enxergar o mundo.”

Durante estes vinte anos que leciono nunca tive tanta certeza do que disse Rubem Alves que ser professor é profissão, ser educador é vocação. Sempre tive certeza que tenho vocação, mais não para alfabetizar, mais para transmitir conhecimento, passar informações, fazer questionamentos e faze-los pensar, raciocinar para não aceitar tudo o que ouvem, para questionar, sempre se baseando em fatos.

domingo, 11 de abril de 2010

1º postagem

Minha primeira reação ao saber que faria estágio com uma turma de alfabetização da E.J.A. foi sair correndo da escola, o que de fato ocorreu.

Percebendo que não haveria outra forma de estagiar, voltei conversei com a orientadora da escola, também conversei com a professora Jaqueline e menos nervosa dessas conversas.

Comecei a ler e reler textos sobre alfabetização de adultos quando, no texto de Giroux ele chama a alfabetização de “problema” e, de fato a alfabetização de adultos é mais do que um problema da alfabetização em si é um problema cultural, político e social, afinal de contas, um adulto que não sabe diferenciar uma letra da outra e ao vê-las não passa de um desenho, este adulto é cego diante de uma sociedade letrada, em que tudo gira em torno da leitura e da escrita.

Uma semana antes de iniciar o estágio, comecei, com licença da orientadora e da professora titular, a freqüentar as aulas para melhor conhecer os alunos, a percepção inicial é de que eles sentem necessidade de provar algo para alguém, que pode ser seus familiares, com discursos: “Vou provar a eles que eu consigo”. “Eles vão ver que sou capaz”. “Vou ler pra todos ouvirem”, enfim, como dizia Gramsci que as pessoas deveriam lutar pela educação e é essa a impressão que tive dessas pessoas, elas estão lutando por seu lugar na sociedade.

Referência:

Antonio Gramsci, citado por James Donald, "Language, Literacy, and Schooling", in The State and Popular Culture (Milton Keynes: Open University, U203 Popular Culture Unit, 1982), p. 44. Com referência às observações de Gramsci sobre a linguagem, ver Antonio Gramsci, The Modern Prince and Other Writings, trad. de Louis Marks (Nova York, New World Paperbacks, 1957), passim; Selections from the Prison Notebooks, org. Q. Hoare e G. Nowell Smith (Nova York, International Publishers, 1971); e Lettersfrom Prison (Londres, Jonathan Cape, 1975).

Para uma discussão crítica das teorias de reprodução e resistência, ver Henry A. Giroux, Theory and Resistance in Education; ver também J. C. Walker, "Romanticising Resistance, Romanticising Culture: Problems in Willis's Theory of Cultural Production", British Journal of Sociology of Education, 7: 1 (1986), pp. 59-80.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

recuperação

Desde o início do curso aprendi a importância do uso das mídias na escola, desde então utilizo blog, pbworks e até orkut para me comunicar com os alunos e passar algumas instruções e trabalhos para quem tenham acesso em casa, além de postar trabalhos e até fotos dos próprios estudantes trabalhando, dos estudantes que tenho autorização dos pais. Consigo entender, agora, a importância de estarmos atualizados quanto ao uso das mídias, para tanto oriento-os a entrarem em sites, de acordo com o tema em questão, e fazerem suas observações e procurarem outros sites, senso assim, a aula flui pois cada um encontrou uma informação e as perguntas surgem pois isso instiga a curiosidade dos estudantes.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

recuperação

Os textos lidos, no decorrer no semestre, e posso dizer, no decorrer do curso, nos ajuda a entender as mudanças que estão ocorrendo nos processos de ensino-aprendizagem, uma vez que não podemos agir da mesma forma como nossos professores agiam conosco. Os tempos são outros, as crianças se despertam para novidades e essas novidades daqui a pouco tempo não serão mais novidades, quero dizer, de a escola não se atualiza constantemente os alunos perdem o interesse por ela, interesse esse que entrou na escola com ela. Hoje sabemos que existem diferentes formas de ensinar, seja através da música, do teatro, da dança, de desenhos, de contos, enfim, podemos explorar o que quisermos desde que o aluno interaja usando a “ferramenta” que melhor se adapte a ele.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

recuperação do Seminário Integrador

Estou convencida de que realizar um PA com os alunos é uma proposta inovadora e desafiadora, porem de grande valia para os interessados, os alunos.
Porém, deve ser bem elaborado, bem planejado e, se assim for, despertará a investigação e o processo de pesquisa dos alunos, uma vez que irão pesquisar sobre o assunto que escolheram, que tem mais afinidade. Penso também que devemos dar opções para estas pesquisas, ou seja, encaminharmos os questionamentos, caso contrário o aluno só irá em busca do que gosta e, estando vivendo em um período de globalização, precisamos instiga-los a ir além do que vêem, do que vivem, sair um pouco de seu dia-a-dia e entrar em outros “mundos”, ampliar seus horizontes. Por tanto afirmo que, dependendo da série e da disciplina ministrada podemos direcionar o aprendizado dos alunos.