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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

recuperação

O convívio com pessoas surdas é muito interessante, já tive oportunidade de conviver com algumas dessas pessoas e o que eles nos passam é uma riqueza de conhecimento extraordinária, exatamente por sermos preconceituosos e pensarmos que lhes falta capacidade para observar determinados fatos e é exatamente o contrário, é pela observação, que em muito momento nos falta, por confiarmos em demasia em nossa audição, que eles captam qualquer movimento, qualquer expressão, enfim, subestimamos as pessoas surda e só o convívio que nos mostra o contrário.
Passei a acreditar que a surdez não se restringe a uma deficiência e sim a um estilo de vida, embora não seja uma opção ser surdo, quem o é tem orgulho de ser.
Conhecendo um pouco dessa cultura, a cultura surda, acredito que ela deva ser estendida, divulgada para que mais pessoas possam deixar, ainda nos dias de hoje, o preconceito de lado, pois faz parte de nossa identidade cultural e de grande valia para as futuras gerações, sendo assim essa nova geração não cometerá os mesmos erros que cometemos em nosso passado, erros grotescos, preconceituosos, descabidos, enfim, nós eu nos julgamos tão inteligentes somos incapazes de conviver com os surdos, enquanto os surdos vivem com os ouvintes sem medo, compreendendo nossa incapacidade de aceitação.
Falta-nos vontade política para fazermos valer as leis, e uma delas é que diz que todos temos direito a educação, as leis de inclusão, como será recebermos um aluno surdo em uma sala de aula com quarenta ouvintes, com um professor que não conseguirá transmitir as orientações ao aluno surdo? Esse aluno terá dificuldades de adaptação, mais com certeza irá, dentro de suas possibilidades, acompanhar a turma, só nos resta saber se o professor irá considerar o fato dele ser surdo e não ter o mesmo rendimento esperado da turma.

recuperação

Durante a realização dos trabalhos da EJA, percebi na dialética dos autores lidos durante a realização dos trabalhos que a alfabetização é uma prática social, ou seja, além de ensinar as pessoas a ler e a escrever, temos a tarefa, de suma importância, de despertarmos o poder político e cultural através da linguagem. Sempre realizei essa tarefa em sala de aula, mais não de forma clara e objetiva como colocada nos textos.
Praticar a licenciatura para uma construção social tem sido o objetivo desde o início das leituras, indagar aos alunos sobre seu poder de decisão político e social, praticar a cidadania, a solidariedade, tudo isso sem sair dos textos propostos para as aulas, senso assim continuo dando as aulas de ciências para as sextas e sétimas séries sem perder o foco dos temas. É bom que se diga que os textos lidos dão referências ao EJA, como não leciono para a EJA, transportei-os para a minha realidade.
Quanto ao EJA, a situação é assustadora e alarmante, com a saída de campo para desenvolver o trabalho, decidimos entrevistar os professores e ai começa o problema, muitos professores não querem participar de pesquisa, talvez por medo de não saber responder a determinadas questões? Ou por relatar a verdade e esta nem sempre é satisfatória ou os delata como profissionais da área? O discurso é um e a prática é outra? Enfim, são várias as indagações, que não cabe a nós responder e não é o objetivo deste texto.
Ao conseguirmos as respostas para nossas perguntas eis as contradições, que, de certa forma já nos era esperada, a lei nos diz que a educação é um direito de todos, mais o que nos apresentam alguns professores é que alunos currículo normal que são repetentes ou indisciplinados são mandados à EJA, faltando vagas para quem, de fato, quer estudar ou precisa da escola por algum motivo relevante.
Outra contradição é o fato dos professores trabalharem de forma diferenciada para cativar os alunos, usando métodos e formas distintas de trabalho, que nem sempre se usa o caderno, ou fica na sala de aula, e os alunos de mais idade não aceitam por dizerem que esta forma de dar aula é “enrolação”, o que eles querem é estar na sala de aula copiando textos e ouvindo o professor falar.
Outro fato bastante relevante é a falta de preparo de alguns professores para o trato com os alunos da EJA, usam o mesmo plano de aula do ensino comum, as mesmas formas de trato com crianças, não levando em consideração que são adultos, que trabalham, alguns que constituíram família e que seus interesses são outros.

recuperação

Tanto a fala quanto a escrita sofrem alterações constantemente, e por este motivo percebemos na escrita dos alunos e em seu vocabulário termos que não usamos com freqüência ou nunca usamos, isso deve ser levado em consideração na hora de uma avaliação, talvez sua resposta não esteja de acordo com que imaginávamos que ele deveria responder, mais ele está respondendo conforme as palavras contidas em seu vocabulário de uma forma não tão formal, será que ele está errado?
Aprendi neste semestre e passei a respeitar que o letramento é um conjunto de práticas sociais, jamais um aluno vivendo junto a um grupo social menos informado era dar uma resposta, sobre um determinado assunto, usando palavras cujo sentido ele desconhece.
Uma criança desde cedo, ao criar suas histórias, ou ele insere em seu contexto objetos que estão próximos a ele, ou inventa objetos e personagem que estão fora de seu convívio, embora não saiba o que significa ele imagina cenas para este “ser”.
Se, ao passar dos anos, estes objetos ou seres são apresentados à ele com o seu significado correto, será mais uma informação nova para ser inserido em suas futuras argumentações, caso contrário seus argumentos serão qualificados de forma menos formal mais que devem ser levados em consideração durante uma avaliação.

recuperação

Didática

Planejamento é um pensamento hipotético, nós como professores planejamos cotidianamente, desde manhã até a hora do repouso, exatamente pelo fato de termos que planejar as aulas, adquirimos o hábito de planejar nossa vida pessoal também.
O texto lido para a produção de trabalho de Maria Bernadette Castro Rodrigues relata a dificuldade que temos de planejar de fato uma aula, afinal, nosso planejamento começa antes mesmo do início das aulas, e mesmo tendo que planejar antes de conhecer meus alunos, faço meus planos de aula semanais, embora não seja o correto, e o correto seria um plano diário, infelizmente isto é inviável com o grande de turmas que atendo diariamente. Algo que estou levando em consideração após as leituras da interdisciplina é o aspecto sócio-econômico-cultural das turmas, não que já não os levassem em consideração, mais, depois de ter uma clareza da importância destes aspectos, consigo, de fato, olhar cada aluno levando em consideração onde mora, como vive, com quem vive, seu dia-a-dia, enfim, tudo o que pode atrapalhar ou ajudar no campo da aprendizagem.
Hoje lamento o fato de ter sido alfabetizada num colégio em que imperava o fordismo, em que o que importava eram os interesses da indústria e de quem a mantinha, o que eu pensava não importava, carrego traços desse modelo ainda nos dias de hoje, embora, com o passar dos semestres essas atitudes têm sido explicadas e modificadas, estando explícito e bem argumentado o fato pelo qual devemos ouvir nossos alunos, respeitar seus limites, entender suas atitudes, pois isto é um reflexo da sociedade em que vivemos.
Para que o processo de ensino e aprendizagem seja satisfatório deve-se objetivar os interesses do aluno, o que ele trás de casa e também lhes mostrar fatos novos que, por vários motivos, passam despercebidos de nossas crianças, exatamente por falta de apresentação. Então, chamar-lhes a atenção para o que gostam e apresentar-lhes fatos novos do mundo globalizado e fazer disso algo interessante para cada um.
Outro fato interessante observado no decorrer do semestre é a utilização de projetos, durante vinte anos de magistério sempre de dediquei a elaboração de projetos, há de se observar que eles não eram tão claros como serão os de agora em diante, nunca soube argumentar de forma objetiva a intenção dos projetos, embora todos os projetos tivessem como finalidade principal a interdisciplinaridade, mais faltava saber o que os alunos pensavam sobre o tema, até onde iam seus conhecimentos sobre o assunto, de onde vinham seus conhecimentos sobre o assunto e, ao final do projeto, se tínhamos ou não alcançado os objetivos nossos e de nossos alunos, sendo assim, passaremos a aplicar as informações adquiridas e trabalhar de forma mais desafiadora e objetiva em nossos projetos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Taylorismo e Fordismo

A maioria das escolas adota o ensino como uma forma fragmentada, exatamente pela resistência dos educando que não conseguem enxergar sua disciplina de atuação junto a outras disciplinas.
O desinteresse por parte dos alunos vai aumentando, aumentando também o número de reprovações e evasões escolares, já que não podem expressar sua opinião, não vêem o que estudam como parte fundamental para uma vida social mais afetiva e colaborativa então não precisa ir à aula.

Planejamento: em busca de caminhos

Todos nós aprendemos a fazer planejamentos das aulas em nossos cursos de didática, em nossos estágios, mas não nos dizem que a realidade de cada escola, de cada comunidade, de cada aluno é distinta, isso quem nos ensina é a prática, vivendo nosso dia-a-dia dentro das escolas, encarando os problemas estruturais de cada família.
Considero de fundamental importância o planejamento, inclusive é inadmissível um professor entrar em uma turma sem ter, no mínimo, pensado sua aula, não importa se a aula tomará outro caminho, nosso ofício nos proporciona esses percalços e, além de planejar a aula, também é importante o registro da mesma para termos noção, um “termômetro” de como foi à aula e como a turma reagiu a ela.

Menininho

No início do ano deveríamos fazer um levantamento com nossos alunos para, a partir daí, elaborássemos o plano anual.
Feito o plano anual conduzir os trabalhos de aprendizagem de forma que eles desenvolvam sua criatividade e espontaneidade para que haja, de fato, uma aprendizagem significativa usando várias formas distintas de trabalho.

Leitura do Parecer CEB n 11/2000

E.J.A.
Leitura do Parecer CEB nº 11/2000
As funções do E.J.A. são reparadoras, ou seja, reparar uma dívida social com aqueles que não tiveram acesso a escrita e a leitura.
Tem função equalizadora, onde esses jovens devem ter maiores oportunidades.
Além de ter função qualificadora para que os jovens e adultos desenvolvam seu potencial, possa trocar experiências e atualizar seus conhecimentos.
Os professores não podem ter uma visão preconceituosa ao tratar com esses jovens e adultos, pois esses têm habilidades que foram desenvolvidas ao longo dos anos.
Essa é uma dialética que deveria ser usada em todas as escolas que trabalham com essa classe social, pois o preconceito impera entre educadores e educando, uma vez que, tendo alunos fora da idade e com mau comportamento nas séries regulares são mandados para ao E.J.A., portanto essas turmas são alvo de discriminação e preconceito.

E.J.A.

http://grupovinteangelica.pbworks.com/FrontPage

quinta-feira, 16 de julho de 2009

reflexões

Em filosofia mostrou-nos a importância da argumentação, de podermos argumentar tendo base no que falamos.
Argumentação: é ter a intenção de convencer ou justificar.
Sendo assim, somos nós que devemos mudar nossos conceitos e interagir com o aluno, valorizar o que ele trás do seu dia-a-dia, para não termos adultos bárbaros, sem educação e sem cultura.
“(...) é a escola que modifica sua estrutura para dar conta da aprendizagem do aluno e não o aluno que tem que se adaptar a uma estrutura de escola baseada em ritmos “médios” de aprendizagem” (Freitas, 1999:17)

“Envia-se em primeiro lugar as crianças à escola não com a intenção de que elas lá aprendam algo, mas com o fim de que elas se habituem a permanecer tranquilamente sentadas e a observar pontualmente o que se lhes ordena…(…) E ainda: a falta de disciplina é um mal pior que a falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo que não se pode abolir o estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina.” (KANT, 1996)

Reflexões

Reflexão teórica sobre a prática.

Durante a realização da minha prática, as reações dos alunos foram as mais diversas, principalmente durante a passagem dos vídeos, alguns alunos até se emocionaram, muitos alunos chegaram a comentar que não sabiam da existência de tantas pessoas preconceituosas e chegaram a dizer que para eles a única ação preconceituosa era “chamar alguém de ‘negrão’ e que as atitudes racistas não passavam disso, agora excluir alguém do grupo por ser negro, ou ainda, insultar, ofender verbal e fisicamente, não dar emprego, enfim, ter qualquer atitude discriminatória e até mesmo chamar de ‘negrão’, isto é crime e quem faz este tipo de coisa deve ser punido”, são palavras dos alunos.
Percebo que na escola, e não quero aqui me justificar talvez explicar, por existir poucos alunos negros, quase um ou nenhum por turma, não possibilitamos que esses alunos desenvolvam as nove dimensões descritas por Marilene Leal Pare, ou ainda possibilitamos poucas demonstrações do que eles possam realizar, exercer assim sua cultura dentro da escola e a partir dessas práticas iremos proporcionar mais momentos para que esses alunos possam se manifestar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nas etapas do desenvolvimento moral descrito por Piaget (1973/1997), a criança a partir dos 11-12 anos, já teria um conhecimento exato das regras e os procedimentos a serem tomados já estariam fixos, percebe-se exatamente o contrário, ao chegarem nesta idade é que as agressões aumentam na escola, como explicar? Kant (1996) diz:
"Envia-se em primeiro lugar as crianças à escola não com a intenção de que elas lá aprendam algo, mas com o fim de que elas se habituem a permanecer tranquilamente sentadas e a observar pontualmente o que se lhes ordena…(…) E ainda: a falta de disciplina é um mal pior que a falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo que não se pode abolir o estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina." (KANT, 1996)

Tenho que concordar com Kant que a escola tem responsabilidades no disciplinamento das crianças e não achar normal quando as crianças se agridem mesmo que seja agressão “intencional”, principalmente quando se trata de adolescentes.
Quando o aluno vê sua atitude agressiva como uma atitude natural, dificilmente um diálogo será aceito e fará efeito neste adolescente, o fato é que deve ser levado em conta o meio em que ele vive e, a partir daí, incluir tais assuntos nos planejamentos escolares, para que os alunos possam enfrentar seus medos, seus problemas e dificuldades.
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001 - Art 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.
A observação que faço diante desta resolução é que as escolas devem se organizar para receber os alunos com necessidades especiais, mesmo sem qualificação profissional, fazer leis é fácil, mais para colocá-las em prática é difícil.
No art. 53 do E.C.A., parágrafo único diz “É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.”.
Neste caso, entendemos que os maiores interessados pela educação das crianças são seus responsáveis. Mais o que assistimos é o inverso, temos pais que não sabem nem a série que seus filhos estão. Quanto menos aceitar a realidade que seu filho se encontra.

domingo, 28 de junho de 2009

Atividades anti-raciais
Este trabalho foi desenvolvido pelos alunos de 5ª série, nas aulas de religião.
Durante algumas aulas desenvolvemos algumas atividades sobre o tema, a princípio deixei o tema aberto a discussões e o que me surpreendeu foram alguns relatos dos próprios alunos dizendo já terem sofrido algum tipo de discriminação. Segundo os alunos, já sofreram discriminação por serem brancos, negros, alto, baixo, gordo, magro, etc. A segui mostrei-lhes os seguintes vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=SOlfDYyDfhk http://www.youtube.com/watch?v=kyAYgqosVTs&feature=related As reações foram as mais diversas, muitos chegaram a comentar que não sabia que existiam tantas pessoas preconceituosas, em determinados trechos alguns alunos chegaram a se emocionar. Após longos debates sobre o tema, disse aos alunos que estávamos participando de uma campanha anti-racial e a eles caberia a tarefa de desenvolver um slogam que transmitisse a mensagem. A seguir alguns trabalhos:









quarta-feira, 24 de junho de 2009

http://angelicaciencias.pbworks.com/FrontPage
Neste site posto os trabalhos e sites interessantes para que os alunos pesquisem.
http://www.angelpaulino.blogspot.com/
Este blog mostra algumas das atividades realizadas na escola por mim.