9ª postagem
Quero destacar nesta postagem, mais uma vez as aulas de artes, na semana em que trabalhei com os alimentos, eles produziram uma cesta de frutas, para tanto, cada aluno levou uma fruta distinta que tiveram que observar os detalhes desta fruta, o cheiro, a textura, a cor, o tamanho, a fim de que estas características os inspirassem a desenvolver um desenho o mais parecido possível com o natural.
Na aula seguinte, como continuação do trabalho com frutas e verduras, foi mostrado obras e explicado sobre o artista Giuseppe Arcimboldo (1527–1593), que, utilizava como inspiração para desenhar rostos humanos, frutas, verduras, bichos e diversos objetos.
Após a explicação sobre o artista, a tarefa dos estudantes era, exatamente, pegar recortes de frutas e verduras e colar sobre a sobra de um rosto, os trabalhos saíram muito bons, com este resultado e da cesta de frutas, percebe-se que a falta de coordenação motora dos estudantes é mínima, além do bom gosto e capricho ao desenvolver atividades artísticas.
É importante, segundo Barbosa, o desenvolvimento da percepção e imaginação dos alunos:
[...] Não é possível o desenvolvimento de uma cultura sem o desenvolvimento das suas formas artísticas. Não é possível uma educação intelectual, formal ou informal, de elite ou popular, sem arte, porque é impossível o desenvolvimento integral da inteligência sem o desenvolvimento do pensamente divergente, do pensamento visual e do conhecimento presentacional que caracterizam a arte. Se pretendemos uma educação não apenas intelectual, mas principalmente humanizadora, a necessidade da arte é ainda mais crucial para desenvolver a percepção e a imaginação, para captar a realidade circundante e desenvolver a capacidade criadora necessária à modificação desta realidade (Trechos extraídos de entrevista pessoal com Ana Mae Barbosa e entrevistas concedidas a Agência Repórter Social, jornalista Flávio Amaral, e Museu de Arte Contemporânea da USP).