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domingo, 13 de junho de 2010

8ª postagem

8ª postagem

As aulas na sala de informática são as aulas mais aguardadas pelos estudantes, provavelmente por não possuírem um computador em casa e nunca terem tido contato com a máquina, portanto, sendo esta oportunidade única para estas pessoas.

Para as aulas no laboratório de informática, são usados sites de jogos referentes aos assuntos tratados em aula, como meio ambiente, corpo humano, alimentos e matemática.

A finalidade dos jogos é dar ênfase aos exercícios feitos em aula, além de servirem como fixação aos assuntos, conforme relata Santos (2003), “o alfabetizando adulto demonstra muito interesse em jogos e brincadeiras relacionados à sua vida, portanto, isso deve fazer parte do processo de alfabetização, uma vez que favorece sua aprendizagem”.

São jogos de memória, de formar frases, caça palavras, soma e subtração. Alguns estudantes, além de gostarem de estar ali, não gostam de determinados jogos, provavelmente pela dificuldade ou de sincronia com mouse, ou pela própria dificuldade na leitura, como a idéia não é tornar este recurso exaustivo para eles, as atividades são dadas conforme a dificuldade de cada estudante. Nesse sentido, Freire (1983, p.47) diz que: “Fazer a História é estar presente nela e não simplesmente nela estar representado [...] Quanto mais conscientemente faça a sua História, tanto mais o povo perceberá, com

lucidez, as dificuldades que têm a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, no processo permanente da sua libertação.”

Além dos jogos, também tivemos um momento para que cada estudante digitasse sua receita para a montagem de um livro de receitas da turma, pois, como afirma Almeida (2003, pp. 7,8):

“O mundo mudou. O conceito de alfabetização mudou. A leitura deste mundo não pode ser feita com os mesmos instrumentos e códigos com que se faziam as leituras dos mundos passados. [...] Paulo Freire dizia que ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só ler permite a interpretação. É necessário também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo: escrevê-lo. Ler e escrever, dentro desta perspectiva, é também libertar-se. Leitura e escrita como prática de liberdade.”

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Angélica que bom ver que vc está conseguindo colocar suas postagens em dia, isso te ajudará muito na síntese do workshop.
Quanto sua postagem eu adorei, concordo com vc, as aulas de informática sãa muito esperadas, certamente pelo motivos que citas além do principal motivo que é: esse ambiente digital vai ao encontro da linguagem que os alunos estão inseridos, tendo computador em casa ou nao eles estão inseridos dentro de um contexto tecnológico e isso os atrae e os envolve. É hora de tirar proveito desses recursos para qualificar a educação e colocá-la na altura e espaço atual que a sociedade vive (era das tecnologias digitais).
Parabéns pela postagem :)